Tente imaginar a reação se o ex-presidente Jair Bolsonaro ocupasse o microfone da Assembleia Geral das Nações Unidas e declarasse em alto e bom som: “Temos que afirmar aqui uma verdade conhecida. Fuzilamos, sim, fuzilamos. Fuzilamos e vamos continuar fuzilando até a morte ” Certamente, Bolsonaro seria prontamente classificado como um ditador. Porém, em dezembro de 1964, o argentino Ernesto Guevara (Chê para os íntimos), que ajudou Fidel Castro no golpe comunista em Cuba, fez a confissão acima à ONU.
Naquela época, já se passavam seis anos desde a tomada do poder pelos comunistas em Cuba e Che Guevara continuava em plena operação sem data para terminar sua máquina de execuções. A história conta que as vítimas chegavam ao paredão exauridas, pois até parte do sangue delas era retirada para transfusões.Guevara, que não gostava de tomar banho, foi o único “guerreiro” a assassinar muito mais pessoas com as mãos amarradas e os olhos vendados do que em combate.Voltamos ao mundo da imaginação: tente imaginar agora qual foi a reação daquela plateia da ONU após a fala de Che Guevara. Um detalhe: a maioria dos representantes dos países presentes “não” era aliada à esquerda. Surpreendentemente, Che Guevara foi aplaudido por 36 segundos.
https://youtu.be/c13hf0c0X48?si=wq_B7QVl0Bu5lUTO
No jornal New York Times do dia seguinte, o jornalista fingiu não ter ouvido e descreveu o “guerrilheiro” como “versátil”, “economista”, “autodidata” e “revolucionário completo”. A prova está aqui.
Como você pode perceber, a “moralidade” dos jornalistas de esquerda não é exclusividade do Brasil.Em discurso na Câmara dos Deputados em 2019, fiz questão de lembrar aos presentes quem foi de fato o revolucionário:”Che Guevara, tão adorado pelas pessoas que nos chamam de racistas e fascistas, assassinou centenas, milhares de homossexuais”.Para quem trabalha com fontes, vamos lá:Um artigo do HuffPost de 2017 diz:”Qualquer um que se desviasse do ‘novo homem’ era visto como um ‘contra-revolucionário’. Esse foi o caso dos homens gays — a quem Guevara se referiu como ‘pervertidos sexuais’. Tanto Guevara quanto Castro consideravam a homossexualidade uma decadência burguesa. Numa entrevista em 1965, Castro explicou que ‘Um desvio dessa natureza entra em conflito com o conceito que temos do que deveria ser um comunista militante’.”Outro artigo da Gazeta do Povo intitulado “Sete citações racistas de líderes e pensadores comunistas” conta que em 1952, Che Guevara, em seu livro de memórias da juventude, declarou:“O negro indolente e sonhador gasta seu dinheirinho em qualquer frivolidade ou diversão, ao passo que o europeu tem uma tradição de trabalho e de economia que o persegue até estas paragens da América e o leva a progredir.”No Brasil, Che Guevara continua sendo grife para os revolucionários de apartamento.
Em um vídeo de reformas de ambientes publicado no canal do arquiteto das estrelas, Maurício Arruda, vemos um pôster de Che Guevara na suíte do filho de Astrid Fontenelle, que é negro. Após a reforma, o quadro continuou na decoração, mas desta vez, o adereço ganhou mais destaque.E já que falamos sobre a edição da realidade, segue uma espécie de editorial de William Bonner no Jornal Nacional sobre as declarações de Bolsonaro na ONU em 2021. Antes da internet, o jornal New York Times podia chamar Che Guevara de encarnação de Deus, que poucodava para ser contestado. No máximo, e por sorte, na seção “Cartas ao leitor”. Depois da informação descentralizada, um editorial de Willian Bonner sobre o discurso de Bolsonaro na ONU em 2021 em poucos minutos.