Tente imaginar a reação se o ex-presidente Jair Bolsonaro ocupasse o microfone da Assembleia Geral das Nações Unidas e declarasse em alto e bom som: “Temos que afirmar aqui uma verdade conhecida. Fuzilamos, sim, fuzilamos. Fuzilamos e vamos continuar fuzilando até a morte ” Certamente, Bolsonaro seria prontamente classificado como ditador.
Porém, em dezembro de 1964, o argentino Ernesto Guevara (Chê para os íntimos), que ajudou Fidel Castro no golpe comunista em Cuba, fez a confissão acima à ONU.
Naquela época, já se passavam seis anos desde a tomada do poder pelos comunistas em Cuba e Che Guevara continuava em plena operação sem data para terminar sua máquina de execuções.
A história conta que as vítimas chegavam ao paredão exauridas, pois até parte do sangue delas era retirada para transfusões.
Guevara, que não gostava de tomar banho, foi o único “guerreiro” a assassinar muito mais pessoas com as mãos amarradas e os olhos vendados do que em combate.
Voltamos ao mundo da imaginação: tente imaginar agora qual foi a reação daquela plateia da ONU após a fala de Che Guevara. Um detalhe: a maioria dos representantes dos países presentes “não” era aliada à esquerda. Surpreendentemente, Che Guevara foi aplaudido por 36 segundos.
No jornal New York Times do dia seguinte, o jornalista fingiu não ter ouvido e descreveu o “guerrilheiro” como “versátil”, “economista”, “autodidata” e “revolucionário completo”. A prova está aqui👇.
https://www.nytimes.com/1964/12/12/archives/man-in-the-news-versatile-revolutionist-ernesto-che-guevara.htmlComo você pode perceber, a “moralidade” dos jornalistas de esquerda não é exclusividade do Brasil.
Em 2019, fiz questão de lembrar aos presentes numa sessão da Câmara quem de fato foi o revolucionário:
https://www.camara.leg.br/internet/sitaqweb/TextoHTML.asp?etapa=5&nuSessao=99.2019&nuQuarto=416014&nuOrador=11&nuInsercao=11&dtHorarioQuarto=12:24&sgFaseSessao=HO&Data=14/05/2019&txApelido=CARLA%20ZAMBELLI,%20PSL-SP&txFaseSessao=Homenagem&txTipoSessao=N%C3%A3o%20Deliberativa%20Solene%20-%20CD&dtHoraQuarto=12:24&txEtapa=“Che Guevara, tão adorado pelas pessoas que nos chamam de racistas e fascistas, assassinou centenas, milhares de homossexuais”.
Para quem trabalha com fontes, vamos lá:
Um artigo do HuffPost de 2017, diz:
“Qualquer um que se desviasse do ‘novo homem’ era visto como um ‘contra-revolucionário’. Esse foi o caso dos homens gays — a quem Guevara se referiu como ‘pervertidos sexuais’. Tanto Guevara quanto Castro consideravam a homossexualidade uma decadência burguesa. Numa entrevista em 1965, Castro explicou que ‘Um desvio dessa natureza entra em conflito com o conceito que temos do que deveria ser um comunista militante’.”
https://www.huffpost.com/entry/are-you-gay-che-guevara-would-have-sent-you-to-a-concentration_b_59cc0d9ee4b0b99ee4a9ca1eOutro artigo da Gazeta do Povo intitulado “Sete citações racistas de líderes e pensadores comunistas” conta que em 1952, Che Guevara, em seu livro de memórias da juventude, declarou:
https://www.gazetadopovo.com.br/ideias/sete-citacoes-racistas-de-lideres-e-pensadores-comunistas/“O negro indolente e sonhador gasta seu dinheirinho em qualquer frivolidade ou diversão, ao passo que o europeu tem uma tradição de trabalho e de economia que o persegue até estas paragens da América e o leva a progredir.”
No Brasil, Che Guevara continua sendo grife para os revolucionários de apartamento.
Em um vídeo de reformas de ambientes publicado no canal do arquiteto das estrelas, Maurício Arruda, vemos um pôster de Che Guevara na suíte do filho de Astrid Fontenelle, que é negro. Após a reforma, o quadro continuou na decoração, mas desta vez, o adereço ganhou mais destaque.
E já que falamos sobre a edição da realidade, segue uma espécie de editorial de William Bonner no Jornal Nacional sobre as declarações de Bolsonaro na ONU em 2021.
Perceba que Bonner utilizou expressões faciais e entonações vocais caracterizadas pela repulsa, nojo, raiva, indignação e desprezo ensinadas na antiga oficina de atores que preparavam jovens para entrar na extinta novela Malhação. Na época, a fala de Bonner foi desmascarada em poucos minutos pelas redes sociais.
Antes que alguém diga que o jornalista sempre usa o mesmo tom de voz ao noticiar atrocidades (dentro daquilo que a esquerda entende o que é atrocidade) e que, certamente ele teria a mesma reação ao divulgar, por exemplo, a combinação de assassinatos por um político, relembre quando o mesmo Bonner repercutiu uma gravação entre Aécio Neves e Joesley Batista. Na ocasião, o tucano pediu R$ 2 milhões ao sócio da JBS para pagar despesas com a sua defesa na Lava-Jato.
Antes da internet, o jornal New York Times podia chamar Che Guevara de a encarnação de Deus. A guerra atual no Brasil é para que tudo volte a ser como na época. Como?
1 – Fale diariamente sobre a importância da regulação das redes sociais.
2 – Traga de volta os verdadeiros vilões à cena do crime. Aqueles que e até ajudam no teatro das tesouras e nas falcatruas do poder. Além disso, casse mandatos de políticos sem histórico de corrupção.
3 – Deixe que os antigos donos do poder continuem narrando a história da maneira que lhes é conveniente, e com muita publicidade da JBS nos intervalos da programação.
Certa vez, Olavo de Carvalho disse que os bilionários nunca conseguiram implantar o globalismo da maneira como ele foi idealizado. E concluiu: “O problema é que mesmo assim, eles continuam tentando, tentando… dinheiro e poder eles têm de sobra”.
Fazendo agora uma analogia da frase de Olavo ao meu âmbito particular: faz tempo que venho sendo tratada por agentes do poder como sendo a encarnação do mal, e mesmo assim, continuo recebendo carinho de milhares de eleitores por onde vou e continuo sendo uma das parlamentares mais seguidas das redes sociais.
Entende o desespero deles para que as redes sociais sejam reguladas o quanto antes?